O Olhar que pode curar uma ferida ainda aberta e reflexões sobre os desajustes nos relacionamentos são os assuntos do texto de hoje.
Minhas reflexões sobre o estudo das constelações familiares, vedanta e experiências pessoais me inspiram a escrever aqui e de alguma forma contribuir para vossas reflexões.
As dores vividas na infância, até mesmo as dores criadas e armazenadas na concepção ainda fazem parte do estoque de considerações que acompanharão a pessoa por toda a vida, se isso não for visto antes por ela.
Inconscientemente a pessoa vai evitando tocar nessa ferida que é a base de múltiplas reações e escolhas em outras fases da vida dela.
Eu poderia citar inúmeras situações nas quais as bases foram os gatilhos da infância.
A vida de humano aqui é se relacionar. Nosso DNA trouxe isso e estamos sempre projetando nossas intenções para obter um consolo afetivo. Isso é intrínseco à vida de humano.
Esse consolo afetivo pode tomar uma proporção gigantesca se não for bem cuidado com um olhar curativo.
Pessoas que viveram buscando afeto em todas as ações, onde tudo para ela poderia ser incluído na ação (em prol de um retorno) foi estimulando uma dinâmica onde nada poderia ser compensado à altura de suas ambições. Isso me faz reforçar a frase: Quem quer está fechado.
Quem só visa receber é um vírus para qualquer relação. Dentro da dinâmica de dar e tomar, acontece um desequilíbrio e é fatal um rompimento entre as partes. Isso para qualquer relacionamento.
Há uma premissa no Yoga que se baseia no exercício da desidentificação com o resultado da ação. Isso ajuda a diminuirmos as projeções que fazemos por impulso para obter um retorno. Isso é um vício do cérebro reptiliano. O aumento da complexidade humana e, por consequência, o aumento da competitividade no mundo em que vivemos favoreceram a identificação com o cérebro reptiliano. O cérebro reptiliano é o órgão responsável pelo seu medo, pela sua resistência, pelo recuo na maioria das vezes. É a razão pela qual você não expressa integralmente todo o seu potencial. É a única fonte de bloqueio da sua genialidade ou da sua vontade de realizar as coisas.
Existem casos de relacionamento onde há brigas porque a pessoa não respondeu a mensagem na hora pelo whatsapp, ou não atendeu ao telefone. O desejo de controle para se obter uma recompensa é um vício retroalimentado.
Isso vem de encontro ao que verificamos na visão sistêmica, onde a causa de dores profundas e entrelaçamentos aprisionantes de dor envolvendo vários membros na questão, por emaranhamento, acontece devido à identificação com as expectativas sobre alguém, sobre receber de alguém. Sobre como conquistar a recompensa de algo ou alguém. Isso funciona como uma droga, uma resposta bioquímica acontece e seu corpo produz a informação disso que se espalha e passa a ser algo necessário, compreende o mecanismo?
Poderíamos ir mais fundo se fizéssemos um estudo sobre as raças que vieram habitar o Planeta e que influenciaram a nossa evolução. Essa correlação faz sentido porque somos fragmentos de várias raças e isso determinou muito a maneira com a qual estamos hoje nos relacionando.
Acredito que um olhar direto para a questão é uma das razões pelas quais as pessoas escolhem sair de um tratamento devido ao vício comportamental introduzido na concepção e na infância.
Um olhar que cura, ajuda a sobrecriar o sistema mental e corporal e diminui a atuação visceral do sistema reptiliano que visa apenas a sobrevivência na luta ou fuga. Há uma relação estreita do sistema nervoso e o sistema endócrino e isso faz alterar o comportamento e as sensações frente aos desafios da vida!
A pessoa que vive uma ferida aberta em sua linha do tempo, em sua memória celular deve ser orientada a voltar lá e a olhar para isso.
E as memórias mais degenerativas na vida de cada um são as não cuidadas na infância. Assim as reproduzimos, alimentando-as no inconsciente, daí necessitamos cada vez mais de uma recompensa para tentar curá-las, fechar aquela ferida. Também pode-se reagir feito uma criança ferida às situações desafiadores e ou inusitadas.
Quando de maneira responsável paramos e acessamos aquilo com uma guiança cuidadosa e imparcial, há meios de alterar as programações neurais e biológicas que se estabeleceram no sistema. E isso pode ampliar não só a sua consciência, mas também regenerar o seu corpo.
O Olhar que Cura ajuda a parar de buscar no agente da ação uma explicação para dar ao ego uma sensação de preenchimento e vitória, a parar de se culpar ou culpar os envolvidos nas tramas de nossa inconsciência, a parar de travar lutas ou criar mentiras para justificar nossas frustrações.
Enquanto houver força apenas numa polaridade, viveremos fragmentados. E assim buscaremos parte disso por aí, como se isso pudesse preencher alguma coisa.
O intuito do trabalho das constelações ou hipnose sistêmica é ajustar a ordem, dar consciência, empoderar o cliente e como acompanhamento, oferecer caminhos para que ele ou ela continue a observar as suas dinâmicas ocultas para ressignificá-las.
Viver na ânsia de completude é o diagnóstico de que há polarização. O sentimento de inadequação, de peso, de confusão, são indícios de que você está fora do seu lugar em relação à sua ordem familiar.
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Gratidão!